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Artigo

O renascimento de Pippo e do Venezia

23:01

Filippo Inzaghi foi, sem dúvidas, um dos principais centroavantes de sua época. Durante a década de 2000, poucos centroavantes foram tão vencedores. Pippo, como é mais conhecido, venceu uma edição de cada grande competição que disputou, incluindo uma Copa do Mundo FIFA, uma UEFA Champions League, uma Supercopa Europeia, uma Serie A e uma Coppa Italia.
Inzaghi driblando Petr Cech para marcar seu único gol na Copa de 2006. (Imagem: BBC)
Em 2013, um ano após sua aposentadoria, ele iniciou sua carreira de treinador, quando assumiu o Milan Primavera, a categoria sub-19 do clube rossonero. Seu bom desempenho lhe rendeu o cargo de treinador do time principal do Milan logo no ano seguinte. No comando da equipe principal, Inzaghi não foi tão bem como na base e acabou demitido ao fim da temporada 2014/15, ficando apenas uma temporada no cargo. O Milan estava passando por uma reformulação e ele assumiu com o desafio de escrever uma história diferente da que o seu antecessor e ex-companheiro nas quatro linhas, Clarence Seedorf, escreveu. Porém, Pippo acabou tendo um desempenho pior que o ex-botafoguense.
Após ser demitido pelo Milan, ficou um ano sem clube, até aceitar a proposta do Venezia. O Arancioneroverdi, como é conhecido, é um clube de muita tradição na Itália, com um título da Coppa Italia e dois da Serie B, e busca se reestabelecer no cenário do calcio depois de sua terceira refundação por falência em 10 anos, que ocorreu em 2015.
Pippo Inzaghi e o presidente do Venezia, o ítalo-americano Joe Tacopina. (Imagem: Tuttosport)
No comando do Venezia, Inzaghi tem 33 jogos, com 21 vitórias, 9 empates e 3 derrotas. Está na liderança do Girone B da Lega Pro (terceiro nível do campeonato italiano), com três pontos de vantagem para o vice-líder Parma, e na semifinal da Coppa Italia Lega Pro, onde enfrenta o Padova - a primeira partida foi 1:1, em Padova, e a volta será na próxima quarta (08/03), em Veneza.
Com 58 pontos e a 25 de vantagem do Santarcangelo, 11º colocado e primeiro time fora da zona dos playoffs, o Arancioneroverdi está consolidado na liderança e só uma tragédia muito grande o tira dos playoffs da Lega Pro. Entretanto, o primeiro colocado tem vaga direta na Serie B 2017/18, e nem Pippo nem o Venezia querem passar pelas emoções dos playoffs, então vão tentar continuar com a boa campanha tentando ampliar a vantagem contra os principais adversários nessa disputa: Parma, Padova, Reggiana e Pordenone.
Inzaghi comemorando mais um triunfo do Venezia. (Imagem: La Quota Vincente)
Com o terceiro melhor ataque e a segunda melhor defesa do Girone B, o Venezia de Inzaghi joga num 4-3-3 com bastante força ofensiva, variando algumas vezes para um 4-4-2 clássico, com duas linhas de quatro. No 4-3-3 de Inzaghi, a meta é defendida por Davide Facchin, goleiro revelado pelo Milan, que chegou nesta temporada vindo do Pavia. Facchin tomou apenas 22 gols nos 27 jogos que jogou na Lega Pro, ficando 11 partidas sem buscar nenhuma bola no fundo das redes. O quarteto defensivo é composto pelo recém-chegado Giuseppe Zampano na lateral-direita, Marco Modolo e o experiente Maurizio Domizzi formam uma sólida dupla de zaga, e Agostino Garofalo na lateral-esquerda. Alex Pederzoli, Simone Bentivoglio e Vittorio Fabris formam o trio de meio, que ainda conta com Evans Soligo e Alberto Acquadro. Davide Marsura, Stefano Moreo e Álex Geijo compõem o ataque e são responsáveis por 22 gols, para o ataque Pippo ainda tem Nicola Ferrari, autor de sete gols.
Filippo Inzaghi ainda tem um longo caminho para se consolidar como um grande técnico, mas o trabalho dele à frente do Venezia já mostra que o futuro pode ser bastante agradável para o ex-atacante, inclusive serve para apagar a péssima passagem no comando do Milan.

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